O mercado de trabalho na área da Comunicação Social
- Giovanna Fermam, Paula Andrade e Susan Almeida
- 14 de nov. de 2017
- 6 min de leitura
O profissional da área de Comunicação Social lida com a linguagem e a maneira como os indivíduos se comunicam. Assim como existem diversas maneiras possíveis de nos comunicarmos e transmitirmos alguma mensagem, a profissão em Comunicação Social possui vários campos de atuação e várias habilitações em cursos de graduação. A principal característica é a variedade de habilitações que as instituições oferecem na área de Comunicação Social. Uma pesquisa rápida no site do Ministério da Educação revela nada menos do que 26 tipos de habilitação.
As mais comuns são:
Cinema: O estudante aprende a fazer roteiros, planejar e produzir audiovisuais. A parte teórica aborda a estética, linguagem e história do cinema. A habilitação também pode aparecer como Cinema Digital, Cinema e Audiovisual, Cinema e Mídias Digitais e Cinema e Vídeo.
Jornalismo: prepara o aluno para atuar em meios de comunicação como jornais, emissoras de TVs e portais de notícias. Seu papel é apurar, selecionar e contextualizar informações relevantes para a comunidade. Há instituições que oferecem o curso como uma graduação desvinculada da Comunicação Social.
Produção Editorial ou Editoração, Multimídia e Mídia Eletrônica: prepara profissionais para criar publicações impressas ou eletrônicas, desde seleção de títulos, formato, materiais e distribuição. Na habilitação em Mídia Eletrônica, o estudante aprende a gerenciar e executar projetos de sites e publicações multimídia.
Publicidade e Propaganda: enfoca as etapas da comunicação e promoção de novos produtos e serviços. O estudante aprende a identificar a necessidade de comunicação, define públicos, escolhe canais para veicular as mensagens, cria as campanhas, produz os materiais e avalia o impacto das ações publicitárias. O curso pode aparecer de forma independente e desvinculada da área de Comunicação Social.
Rádio, Televisão e Internet: prepara o estudante para criar, produzir, editar e dirigir programas de rádio, TV e audiovisuais para internet. Aborda a grade de programação, roteiro, produção, edição de programas e coordenação de equipes.
Relações Públicas: aborda a gestão do relacionamento comunicacional de uma empresa ou instituição com seus diferentes públicos, internos ou externos. O estudante aprende a elaborar diagnósticos, estratégias e políticas que ajudem as empresas a aperfeiçoar sua relação com a sociedade.
Unic
O Grupo UNIC reúne instituições de Ensino Superior do estado de Mato Grosso, sendo composto, atualmente, por 12 faculdades e pela Universidade de Cuiabá. Atualmente a instituição oferta apenas dois cursos na área de Comunicação Social, Jornalismo e Publicidade e Propaganda, em um dos seus campus de ensino no estado de Mato Grosso.
Jornalismo
O jornalismo é uma atividade profissional que envolve o levantamento, investigação e distribuição de fatos, informações e notícias em diferentes meios e para diferentes públicos. O profissional do jornalismo, ou jornalista, lida essencialmente com a comunicação, independentemente de sua especialidade ou veículo onde trabalha: mídia impressa, rádio, televisão, internet, assessoria de imprensa, intranets, veículos internos de comunicação e educação corporativa etc.
O jornalista pode atuar em empresas privadas de diferentes setores da economia, órgãos públicos e organizações do terceiro setor. Além de trabalhar em empresas ligadas diretamente à comunicação, como portais de internet, jornais, revistas, rádio e televisão, o jornalista também pode atuar em universidades, como professor ou pesquisador, ocupar cargos de assessoria de imprensa e chegar a cargos de gerência (comunicação, comunicação interna, relacionamento com investidores etc.) e diretoria em empresas privadas.
Sobre a Carreira do Jornalista

No Brasil, o diploma de nível superior em jornalismo deixou de ser obrigatório para o exercício da profissão em 2009. Apesar disso, a maioria das empresas prefere contratar jornalistas formados.
Em empresas de mídia, como televisão, internet, rádio, jornais e revistas, o jornalista pode ser contratado como repórter, editor, produtor, locutor, apresentador, fotógrafo ou redator, entre outros. Fora de empresas de mídia, os jornalistas podem atuar em órgãos públicos, empresas especializadas em assessoria de imprensa e comunicação, organizações do terceiro setor e departamentos de comunicação de empresas privadas, para citar algumas possibilidades. O mercado para jornalistas é competitivo e veículos de comunicação tradicionais, como jornais, revistas e televisão, estão passando por uma série de mudanças e reestruturações nos últimos anos, resultado muitas vezes na redução de profissionais das redações. A profissão de jornalista não costuma aparecer em listas de ocupações mais promissoras para os próximos anos, mas as habilidades de comunicação normalmente apresentadas por esses profissionais, aliadas a conhecimentos em outras áreas (como tecnologia, meio ambiente, internet, inovação, games, big data) e especializações (pós-graduação) podem transformar o jornalista em um profissional disputado no mercado, com possibilidade de alcançar bons cargos e remuneração bem acima da média. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, em 2010 havia 62.677 jornalistas registrados no Brasil, sendo que as regiões com a maior quantidade de profissionais são o estado de São Paulo, com 19.030 jornalistas registrados e a região Sudeste sem São Paulo (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), com 18.231 profissionais registrados. Publicidade e Propaganda

O publicitário cuida da criação de campanhas e peças publicitárias. Trabalha para apresentar um produto ou serviço ao consumidor, promove sua venda ou garante a boa imagem da marca ou empresa junto ao público.
Pesquisa o perfil do público-alvo, levantando dados como idade, escolaridade, renda, costumes e hábitos de consumo. Desenvolve a arte de embalagens, cria logotipos para produtos e empresas e produz material promocional impresso, como cartazes, outdoors e folhetos. Escolhe a abordagem e os meios de comunicação mais adequados à campanha: anúncios, comerciais de rádio, Tv e cinema, ou banners e pop-ups em sites da internet. Cria os textos e as imagens para a publicidade impressa e roteiros de vídeos para campanhas de Tv e internet, sugere detalhes e coordena os trabalhos de produção. Depois da campanha, avalia o impacto da propaganda sobre o consumidor. Mercado de Trabalho A publicidade passa por um momento de reinvenção. A massificação da internet e, principalmente, das redes sociais mexeu com o mercado. As grandes campanhas para mídia impressa e TV foram seriamente abaladas, e a crise econômica fez o faturamento das agências de publicidade despencar, gerando demissões. Apesar do quadro adverso, há oportunidades em agências menores, especializadas em ações alternativas de marketing, como a produção de campanhas em redes sociais ou a promoção de eventos e ações de valorização da identidade corporativa. Essas agências também são contratadas pelas maiores para realizar serviços que as grandes não conseguem absorver. São boas frentes de trabalho a criação de publicidade on-line e a área de mídias digitais. A publicidade atrelada à internet tem crescido nos últimos anos. Hoje, as redes sociais são uma ferramenta eficaz para a divulgação de produtos ou serviços. As maiores agências estão em São Paulo, onde os salários são melhores, mas também é maior a concorrência. Capitais de outras regiões e cidades menores do interior são nichos menos explorados. Sobre a carreira do publicitário
A profissão do publicitário é regulamentada pela lei 4.680, de 18 de junho de 1965. De acordo com a legislação, para exercer a atividade é obrigatório ter o diploma de curso superior na área reconhecido pelo MEC. No entanto, outras medidas previstas nessa lei, como a existência de um Conselho Federal e conselhos regionais de publicidade para fiscalizar a exigência do diploma e emitir o registro profissional, não foram tomadas. Com isso, é possível exercer a profissão de publicitário sem ter o diploma de nível superior na área. O publicitário pode obter seu registro profissional junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nas Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs). Atualização e qualificações constantes são fundamentais em qualquer carreira e na publicidade não poderia ser diferente. O publicitário tem uma ampla oferta de cursos de aperfeiçoamento, congressos e seminários nacionais e internacionais, especializações pós-graduação em diferentes áreas. Pesquisa de mercado, criação publicitária, neuromarketing, publicidade de mídia, produção publicitária, gestão publicitária, branding, marketing político e institucional são apenas alguns exemplos dessas possibilidades. Ter ótimo relacionamento pessoal, criatividade, comprometimento com os resultados do cliente, saber trabalhar em equipe e compreender bem o negócio para o qual trabalha são algumas das características de um bom publicitário. O mercado publicitário é dinâmico, competitivo e desafiador. Como o talento e os resultados alcançados estão entre os principais quesitos avaliados para a promover esses profissionais, não é incomum que jovens publicitários consigam uma rápida ascensão na carreira, podendo rapidamente ocupar cargos de destaque com bons salários. Entre as áreas mais promissoras para quem inicia a carreira está a de mídias sociais e o gerenciamento da marca em ambientes digitais. A rápida evolução das novas tecnologias de comunicação e entretenimento oferecem boas oportunidades para estratégia da marca em ambientes digitais e e-commerce, entre outros.
Assinam este conteúdo:



Comments