A doce maneira de sobreviver

“Graças a Deus eu vendo bem os meus docinhos” diz Luciana Aparecida Galdino Fernandes de 36 anos, nascida em Cuiabá, casada e mãe de três filhos. A filha mais velha, Erllem Fernandes, tem 18 anos e cursa Direito na Unic. Desempregada e com o marido doente, com depressão, Luciana revolveu fazer doces para sobreviver.

Com o negócio engrenando, Luciana decidiu levar o marido para ajudar na venda, destinada sobretudo para a pagar os remédios do tratamento contra a depressão e também garantir a faculdade da filha.

Luciana começa seu trabalho logo cedo, às 6 horas da manhã, fica o dia todo na região do Centro Político e Administrativo da capital, e a noite vai para frente da Unic, onde encerra seu expediente com a venda de doces. Os doces custam aproximadamente R$ 2,00.

Luciana na porta da Unic. Foto:Ana Graciela.

Um pouco mais sobre a Luciana:

Apesar de todas as dificuldades, você tem sonhos?

L: Sim, meu sonho sempre foi ser enfermeira, mas as circunstâncias me levaram para outro lado, que é fazer doces e que hoje é a minha maior paixão!

Você pretende seguir neste ramo?

L: Sim, agora é a minha profissão e futuramente quero ter uma loja de doces, trabalhar com mas conforto e colocar minha família para trabalhar comigo.

Qual é a maior dificuldade?

L: Não tenho dificuldade porque a necessidade faz com que eu seja forte e não olhe para os obstáculos e também fico satisfeita por realizar o sonho da minha filha de cursar uma faculdade.

Então você gosta do que faz?

L: É bom porque eu consigo resolver todos os meus problemas e da minha família que é levá-los ao médico. Faço com prazer e tenho dinheiro todos os dias, o que é muito bom.

Como você divulga o seu produto?

L: Eu divulgo meu número de telefone (65) 99976-1298, para as pessoas que querem encomendar para festas, passo as fotos pelo WhatsApp. Essa é a forma que eu me comunico com os meus clientes e futuros clientes.